A sociedade tem o dever de nos garantir a vida.
Não aceitamos escolher quem vai morre, não somos algozes.
Leitos, respiradores e equipamentos de proteção individual para todos.
A saúde e a medicina necessitam dialogar constantemente com a ética.
Na condição de médicos não podemos aceitar que venha se instituir o protocolo de escolha de vida ou morte.
Ao propor protocolos, pontuar e selecionar pacientes para receber terapia intensiva no combate à Covid19, o direito à vida será negado a alguns, e sem vida não há mais nada.
O Brasil tem um sistema público bastante equilibrado entre as três esferas de governo, este sistema se encontra degradado, enfraquecido e com potenciais consequências criminosas.
Nós médicos fizemos um juramento: “NÃO USAR NOSSOS CONHECIMENTOS MÉDICOS PARA VIOLAR DIREITOS HUMANOS E LIBERDADES CIVIS MESMO SOB AMEAÇA”.
Manifestamos nosso repúdio à tentativa de transformar os médicos da linha de frente em carrascos.
Somos protegidos pelo código de Ética que nos proíbe antecipara a morte.
Exigimos dignidade no exercício da profissão.
Apoiamos o manifesto do Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro que reforça a constitucionalidade do SUS que tem dentre seus os princípios a universalidade e a equidade.
Exigimos leitos, respiradores e equipamentos de proteção individual para todos.
Existem leitos disponíveis e a população não pode pagar pela inercia dos gestores.
Saúde é direito de TODOS e TODAS as vidas importam!
Angela Maria Eugenio
Médica CRM 33084-7 – Angiologia e Cirurgia Vascular
- Doutorado pela FM/ICES da Universidade Federal do Rio de Janeiro(UFRJ)
- Diretora do Departamento de Flebologia da SBACV / RJ
- Coordenadora de Extensão do Instituto do Coração / UFRJ